A travesti que prefere se identificar com  o codinome de Amanda, 19 anos,  natural de Aracaju, compareceu hoje a tarde na sede do Grupo Gay da  Bahia (GGB)  e Associação de Travestis (ATRAS) no Pelourinho, Centro de Salvador para   esclarecer o episódio envolvendo um grupo de travestis no Supermercado  Bompreço  na Avenida Vasco da Gama nessa ultima segunda-feira, por volta das 4hs  da manhã  que culminou em discussão e briga onde a travesti sofreu diversos golpes  e socos  desferido por um desconhecido no interior da loja do Bompreço. 
Segundo a vitima, teria sido um segurança  da loja que gravou a briga e acabou  sendo veiculada no Programa Na Mira da Televisão Aratu nos últimos dias.  O GGB  entrou em contato com o Programa para reascender o debate e aproveitar a   oportunidade para combater o preconceito ainda muito expressivo contra  travestis  e homossexuais. 
Ao Programa Na Mira Amanda disse que  sempre quando sai do trabalho passa na  loja que fica aberta 24hs para fazer lanches com as colegas travestis.  Segundo  ela esse é um procedimento que prefere fazer porque já conhece várias  pessoas da  loja e que lhes dão tratamento cordial. “Eu fui pegar um iogurte e  quando  passei, ele e mais dois amigos ficaram me olhando e dando piadinhas”,  disse.  “Continuei andando e ele me ameaçou sem nenhum motivo em me dar um soco  na  cara”, continua, “Ai ele começou a me agredir com socos, rasgou minha  orelha,  fiquei sangrando e ninguém fez nada. Todos pararam de braços cruzando  vendo ele  me bater, até eu não agüentar mais e cair no chão”, disse emocionada. 
Amanda que aparenta ser uma pessoa  instruida e de formação, inclusive  doméstica ficou indignada com a indiferença de todos diante da agressão  sofrida  por ela, nem mesmo as colegas se envolveram na briga para prestar  socorro e  ajudar a ela se defender do homem que era infinitamente mais forte que  ela que  faz tratamento hormonal. A apresentadora Ana Alice do Na Mira tem  desafiado todo  tempo que o agressor seja homem e apareça no programa. 
Populares relataram que seria a  provocação por conta dos trajes sumários  usados por elas. “Cada categoria profissional tem o seu uniforme,  médico,  enfermeira, bombeiro, elas usam roupas sedutoras porque estavam  trabalhando  também e merece respeito e tem o direito de usar-las, ainda mais uma  hora  daquela, 4hs da manhã”, disse Marcelo Cerqueira do GGB. As duas  entidades  prestaram a sua solidariedade a vitima. “Não é possível viver com tanto  preconceito e os poderes públicos pouco fazem para diminuir” finalizou  Mienla  Passos. O Programa Na Mira vai ao ar pela TV Aratu diareamente a partir  das  13hs. 
Fonte: GGB 

 
 
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