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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Católica, rígida e pragmática

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Imprensa LGBT traça o perfil de Gleisi Hoffman, nova ministra da Casa Civil

A ministra toma posse em evento prestigiado pelo vice-presidente Michel Temer, pelo presidente do Senado José Sarney e pela antecessor, Antonio Palocci, além da presidenta Dilma Rousseff

[GAY1]

"O PLC 122 é um projeto muito polêmico" diz nova ministra da Casa Civil

A nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann é considerada pelos seus pares e pela oposição como uma política de linha dura e muito rígida em suas decisões. Por conta disso já é chamada de a "Dilma da Dilma". Nas suas primeiras aparições na mídia nacional - que se deu por conta de sua beleza, algo que ela refuta - a nova ministra realmente se revelou rígida e até mesmo conservadora em temas como o aborto e a criminalização da homofobia.

Em suas declarações, a ministra disse que é preciso trabalhar para criminalizar a postura de "gente como o Bolsonaro, que sai pelas ruas espalhando o preconceito", mas não interferir na liberdade de culto. Para Hoffmann, ainda vivemos numa sociedade estruturada nos valores religiosos e que não é possível mudar de uma hora para a outra a base social.

No entanto, Hoffmann ressaltou que é preciso lutar contra a homofobia e que apoia o PLC 122, mas com ressalvas. A ministra declarou que a sociedade não pode ser tolerante frente ao preconceito e a discriminação. Sobre o aborto, a ministra disse que é contra a descriminalização da prática.

Assim como muitos do atual Executivo, Gleisi Hoffmann é reticente sobre os temas do aborto e da criminalização da homofobia, pesa também o fato de que a senadora se recusou a assinar e a integrar a Frente Parlamentar LGBT do Congresso Nacional.

Apesar dos dois fatos negativos no que diz respeito à comunidade LGBT e às mulheres, parte dos ativistas gays do Brasil já declarou considerar um avanço e um bom sinal a substituição de Palocci por Hoffmann. Enfatiza-se que, em um país tão machista e homofóbico como o Brasil, é um avanço ter duas mulheres como as principais mandatárias.


[MIX BRASIL]
Gleisi Hoffmann, nova Ministra-chefe da Casa Civil, não assinou desarquivamento do PLC 122
De perfil conservador, ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann tem boa relação com parlamentares evangélicos 

Em fevereiro último, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) foi pessoalmente falar com a então senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para pedir sua assinatura pelo desarquivamento do PLC 122. Gleisi não assinou. Sua preocupação, no momento, era não ferir a liberdade religiosa. Ela disse:

“É um projeto muito polêmico. Do jeito que está não será aprovado e requer alterações. Eu sou a favor de combater a homofobia. Não podemos ter tolerância com preconceito e discriminação. Mas ele é um projeto que está jogando para um extremo. Então, o projeto considera crime, por exemplo, o posicionamento de pastores e padres dentro das missas. Precisamos compreender que a sociedade é estruturada em determinados valores e não vamos mudar isso de uma hora para a outra. Precisamos respeitar a opinião de todos - desde que esta opinião não cause nenhuma violência. Não dá para gente sair e achar que um pastor que tem por valores religiosos posição contrária à questão da homossexualidade seja considerado criminoso. É colocar no mesmo balaio situações diferentes e deixar de ter foco naquelas pessoas que realmente demonstram intolerância nas ruas como fez o Bolsonaro.”

Dentro do PT ela é considerada uma política de tendência mais conservadora. Vem daí sua boa interlocução com a base católica e evangélica do Congresso. Gleisi, antes de se envolver com a militância estudantil, queria ser freira. Mas seus pais não concordaram com a vontade da filha e então ela entrou para o centro estudantil do colégio católico que estudava. Logo depois ela entrou no PC do B do Paraná. Optou pelo PT em 1989.

Sua boa relação com parlamentares católicos e evangélicos foi uma das credenciais que levaram a Senadora ao cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil, já que boa parte da crise atual do Governo partiu exatamente dos parlamentares da Frente Evangélica.

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