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terça-feira, 19 de julho de 2011

ABEH cobra agilidade nas investigações da morte de Isaac Matos

2 comentários
A Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH) encaminhou nesta segunda-feira, dia 18 de julho, uma carta ao Governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner, ao Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Almiro Sena, e à Delegada de Polícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Andreia Ribeiro, que solicita a agilidade nas investigações e a elucidação do crime cometido contra o estudante de Psicologia, Isaac Souza Matos, de 24 anos.

O presidente da ABEH, professor Leandro Colling, entregou a carta (ver na íntegra abaixo) pessoalmente à delegada que está responsável pelas investigações. “Fui muito bem recebido e ela garantiu que as investigações estão em andamento e que nessa semana deve terminar a coleta dos depoimentos que serão confrontados com os laudos da perícia técnica, que ainda não chegaram nas mãos dela. Também estive no encontro como representante do Conselho Nacional LGBT, onde a ABEH ocupa uma vaga”, disse Colling. Um ofício com igual teor também foi assinado pelo presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), Toni Reis, e encaminhada por Colling à delegada.

Isaac foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava com o seu companheiro, o psicólogo Gilmario Nogueira, que é um pesquisador das relações entre a cultura e a sexualidade na Universidade Federal da Bahia, junto ao Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade. As cartas da ABEH e da ABGLT destacam que Isaac, além de estudar a sexualidade, também era um novo ativista LGBT de Salvador. Junto com seu companheiro e dezenas de outras pessoas, ele integrava o grupo Psiqueer, que estuda e debate as relações entre a Psicologia e a Teoria Queer (vem informações em http://psiqueer.org/). O grupo realiza, periodicamente, a exibição e debates de filmes com temática LGBT.


Veja abaixo o conteúdo da carta da ABEH

Ilmo. Sr. Governador do Estado da Bahia, Jaques Wagner
Ilmo. Sr. Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia,  Almiro Sena
Ilma. Sra. Delegada de Polícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Andreia Ribeiro

Assunto: pedido de urgência nas investigações da morte de Isaac Souza Matos

A Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH), que integra e aqui também representa o Conselho Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), criado em março de 2011 pela presidenta Dilma Rousseff, solicita a agilidade e a elucidação dos crimes envolvendo vítimas LGBTs registrados no Estado da Bahia.

A ABEH foi criada em 2001 e congrega professores/as, alunos/as de graduação e pós-graduação, profissionais, pesquisadores/as, ativistas e demais interessados/as na diversidade sexual e de gênero.

No último dia 11 de julho, em Salvador, o estudante de Psicologia, Isaac Souza Matos, de 24 anos, foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava com o seu companheiro, o psicólogo Gilmario Nogueira, que é um pesquisador das relações entre a cultura e a sexualidade na Universidade Federal da Bahia, junto ao Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade.
Isaac também pesquisava a sexualidade e era um ativista LGBT em Salvador. Organizava, junto com seu companheiro, uma atividade quinzenal para acolher pessoas que sofrem em função da sua orientação sexual e para discutir questões sobre o assunto através da exibição de filmes. As circunstâncias apontam que a motivação central do crime pode ter sido a homofobia.

Solicitamos que a Polícia Baiana investigue e solucione esse e os demais casos já registrados. A impunidade só dá impulso para que outras pessoas se sintam autorizadas a violentar e matar outras pessoas pelo fato delas serem lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros.

Leandro Colling
Presidente da ABEH e integrante do Conselho Nacional LGBT

2 comentários:

Anônimo disse...

Está mais que claro que foi crime homofóbico. Issac levou um moleke pra casa, foi esfaqueado e roubado. Tentando ocultar a traição, o parceiro modificou a cena do crime, simulando um assalto. Sem sinais de arrombamento, a vítima permitiu a entrada do assassino. Camisinha e toalha molhada indica o clima sexual. Conhecia o lindo Isaac e sei que dava suas "escapadinhas" do relacionamento. Agora, modificar a cena do crime é obstrução à justiça. Isso pode impedir que o verdadeiro culpado seja punido, para se mater uma imagem idealizada. Não há santos aqui. Isaac precisa ser justiçado e seu criminoso preso, doa a quem doer. E a verdade deve sim vir à tona, seja ela qual for. Minha opinião.

Anônimo disse...

que falta de sensibilidade, que justiça vc quer ?

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