Em 2010, 260 homossexuais foram assassinados no Brasil, por crime de ódio. Entre os estados, a Bahia é o líder desse ranking pela 5ª vez consecutiva. Para falar sobre esse assunto, O Piquete Bancário entrevistou um ativista e um representante do governo estadual.
Luiz Mott
Historiador, Antropólogo e Fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB)
O Brasil é um país contraditório para os homossexuais: tem a maior parada do mundo, várias propostas contra a homofobia, o STF estendeu para os homossexuais os mesmos direitos da união estável. Mas, tem seu lado vermelho sangue: é o campeão mundial de crimes contra homossexuais.
As causas desta barbárie têm haver com a nossa cultura machista, a violência decorrente da escravidão, e cada vez mais, as pregações homofóbicas dos evangélicos e católicos fundamentalistas.
Para erradicar a homofobia no Brasil é urgente que sejam implementados cursos de educação sexual científica em todos os níveis escolares, que a polícia e justiça sejam rigorosas em punir os que praticam esses crimes e que os próprios homossexuais se acautelem mais, evitando situações de risco.
Danillo Bitencourt
Coord.do Comitê de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia
Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) ainda sofrem cotidianamente as conseqüências da homofobia, apesar do reconhecimento da homossexualidade como mais uma manifestação da diversidade sexual.
Desde 2007, na gestão do governo Wagner, houve a inclusão da temática “combate à homofobia” no orçamento do Estado, o que nos permite ter verbas para efetivar atividades educativas, preventivas e sociais que promovam a cidadania dos LGBTs.
Criamos, também, o Comitê LGBT, espaço responsável pela execução do Plano Bahia sem Homofobia, propostas nas áreas de educação, saúde, cultura, segurança pública, turismo e direitos humanos, todas definidas pela I Conferência LGBT da Bahia.
Fonte: Recebida por e-mail
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