Grupo Livre - Marina Garlen como você começou no movimento LGBT?
G.L. O que você sentiu ao ser homenageada pela Millena Passos Presidente da ATRAS, quando recebeu o Troféu Michelle Marry, como representante dos Artistas LGBTs.
Marina Garlen - Começei através de uma grande amiga Elba Cover de Sergipe que me falou muito bem do movimento, e também por Angelo, ele conversou com Keila Simpson- Vice Presidente da ABGLT e Milena Passos-Presidente da Associação de Travestis, a participar do movimento, fui para a Parada Gay de Salvador, através do Grupo Gay da Bahia(GGB) e comecei a participar dos encontros LGBT com a ATRAS.
G.L. Como você se sente na condição de travesti ao ver varias colegas serem assassinadas, a exemplo da travesti de Feira de Santana?
M.G. – Amedrontada e insegura, porque infelizmente o nível de transfobia é muito alto, as pessoas que tem sua identidade sexual como travesti, que não é uma doença, como muitos falam ou pensam, fiquei muito triste e insegura a perceber o que aconteceu com ela e mesmo com os avanços do movimento LGBT, a muito ainda a ser conquistado.
G.L. Qual sua profissão e a quanto tempo você trabalha nesta profissão?
M.G. - Sou cabeleireira, maquiadora, e trabalho com transformista a 26 anos.
M.G. -Ainda existe preconceito em muitos solões, por exemplo ‘coloquei vários currículo e não me aceitaram porque eu era travesti’, no próprio meio temos preconceito em relação ao transformismo, colocam gays ao invés de travestis, tenho 26 anos de trabalho, e já passei por isso por varias vezes.
M.G. -Foi uma horra muito grande fiquei emocionada e tinha quer vindo de uma travesti como Millena, eu já tinha recebido um Troféu de Melhores do Ano de Diva Tans, vindo das mão de dois gays cabeleireiros. E falando de Millena mais uma vez esta sendo ótimo o relacionamento de amizade e companheirismo
M.G. -Eu vejo muito demanda e pouca resposta muita luta e pouco reconhecimento, por falta de interesse dos nossos governantes, pois vivemos em uma sociedade ainda hipócrita.
G.L. Como foi sua experiência na Europa e onde você morou?
M.G. -Vive 17 anos na Europa foi uma experiência muito boa, certo que ouve autos e baixos, onde conseguir algumas coisas. Viver em um país estrangeiro durante anos e fazendo o que eu fiz: prostituição foi muito difícil.
M.G. -A realização de conquistar a minha casa própria, e também levei uma surra ao ser assaltada por três romenos, fui parar no hospital com traumatismo craniano. Os romenos são agressivos e é comum agressões em travestis. O que me levou para a Europa foi à realização de um sonho, mas hoje, com crise que existe a Itália já esta falida. Então hoje esta muito difícil conviver na Europa, mas minha época era muito melhor.
G.L. Qual a mensagem que você deixa para as Travestis e Transexuais que se sentem com Baixa autoestima, são reprimidas pela família e que sofrem vários tipos de agressões tanto físicas como psicológicas?
M.G -Amigas bola para frente cabeça para frente e digam ‘Sou travestis amo ser travesti’, levante sua cabeça siga sua vida em frente, e viva constantemente a cada dia como se fosse o ultimo enquanto você pode, e seja felizes como eu sou.
Salvador, Bahia, 24 de Novembro de 2011
II Encontro de Transexuais e Travestis do Estado da Bahia
Fonte: Grupo Livre
Fonte: Grupo Livre
2 comentários:
Linda! Maravilhosa! Alex, parabéns pela entrevista. bjs Wesley
Muito obrigado wesley o Grupo LIVRE agradece.
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