Foto: Codesal |
A Chácara Santo Antonio é uma comunidade localizada na encosta do centro antigo de Salvador, no Largo de Santo Antônio Além do Carmo, com entrada ao lado do forte. As chuvas torrenciais que caíram na cidade na madrugada de 8 de novembro causaram deslizamentos da encosta, bem como de casas e barracos. Ninguém ficou ferido, mas, por medida de segurança, os moradores estão proibidos de ter acesso ao local, de onde muitos saíram apenas com a roupa do corpo. Neste momento, a população pede socorro.
Toda a estrutura do terreno onde está localizada a comunidade ficou comprometida. Por essa razão, não restou alternativa senão acatar o suporte social emergencial da Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (SETAD). Assim, os moradores foram levados para o Escola Municipal Carmelitana Menino Jesus, no bairro do Uruguai, fora da realidade cotidianas das suas vidas. Além das perdas materiais, a condição de vulnerabilidade dessas pessoas é absoluta, sobretudo porque se vêem impotentes diante das estruturas do Estado no socorro às vítimas, em suas instancias municipal, estadual e federal.
Necessário se faz tomar medidas urgentes para aprovação e aplicação de políticas públicas hoje relegadas a um plano secundário ou nem isso. Por exemplo, um projeto arquitetônico de reconstrução de moradias e proposta de aquisição de casas da Chácara Santo Antônio foi apresentado em 2009, pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER), mas não saiu do papel.
A Associação de Moradores e Amigos da Chácara Santo Antonio (AMACHA) busca agora toda forma de colaboração possível para evitar que a situação, que já é grave, torne-se crônica, inclusive com o aumento do número de indigentes e moradoras e moradores de rua, em sua maioria negras e negros. A intenção principal é encontrar voluntários que possam contribuir na busca por soluções concretas junto ao poder público, para essas mais de 80 famílias que se encontram agora sem perspectiva de futuro.
O apelo por ação voluntária dentro do movimento LGBT foi disparado pela líder negra Nildes Sena, no fórum virtual de discussão Conferência LGBT. Feministas, também acionadas por Nildes, estão fazendo contato com as vereadoras de Salvador. A “militância virtual” mostra sua força mais uma vez.
Voluntários podem entrar em contato com a diretora geral da associação, Célia Alves, por meio do telefone (71) 8898-8157, e com a diretora cultural, Nildes Sena, pelo e-mail ivanildesena.68@gmail.com ou pelos telefones (71) 9925-5830 e (71) 8312-5869.
Fonte: Adé Diversidade
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