O Grupo Gay da Bahia (GGB) resolveu encaminhar pedidos às câmaras municipais de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Mata de São João para que sejam aprovados projetos que regulamentem o uso de sanitários públicos femininos para transexuais. O objetivo é evitar eventuais constrangimentos de transexuais caso sejam obrigados a utilizar sanitários masculinos.
A entidade teve a iniciativa após um episódio ocorrido no fim de semana na capital baiana, quando uma transexual identificada com as iniciais de V.S, 30 anos, profissional de estética, foi barrada por uma segurança quando tentava entrar no sanitário feminino no parque Wet´n Wild, durante o show “Exaltamaníacos”, ocorrido neste domingo entre às 13 e 22 horas.
V.S. reclamou que, na terceira vez que entrava no sanitário feminino, foi segurada pelo braço por uma segurança descrita como “uma mulher forte de cerca de 1,85 de altura, parda e cabelos cortado bem baixo”. “Ela me grudou no braço e disse alto: você não pode entrar. Apontando para um outro banheiro, disse que era unisex, quando vi era o banheiro masculino, me recusei a entrar” contou.]
Ela só conseguiu entrar quando voltou ao local com uma amiga que portava um celular com vídeo para registrar a cena. Mesmo assim, segundo V.S., a segurança recomendou que ela entrasse discretamente sem chamar atenção. A transsexual procurou a delegada de polícia Patrícia Nuno, (madrinha da última parada gay em Salvador) que a encaminhou para o GGB.
Segundo Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, a entidade “considera que as transexuais e as travestis devem, sim, fazer uso do banheiro feminino em todos os espaços, seja público ou privado, a exemplo dessas casas de shows”. Alega que “submeter mulheres sociais a situação de selvageria entre grupo de machos é algo terrivelmente desumano e uma falta de respeito ao feminino”.
O GGB pontua a diferença entre os dois recintos e considera adequado o uso do banheiro feminino por garantir espaço reservado as necessidades fisiológicas com box e dispositivo de trava. Nesse aspecto, a Câmara de Salvador tem postura progressista. A dançarina transexual Leo Kret teve o sanitário feminino da Casa liberado para uso, desde que se elegeu vereadora em 2008.
Fonte: A Tarde
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