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domingo, 25 de dezembro de 2011

Marinor Brito deixa o Senado lembrando atuação contra a homofobia

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E o deputado Chico Alencar diz que só mobilização nas ruas conterá conservadorismo religioso



Integrante da Frente Parlamentar Pela Cidadania LGBT, a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) deixou definitivamente o cargo para ser ocupado por Jader Barbalho (PMDB-PA). Em seu discurso de despedida na última quarta-feira, 21 de dezembro, Marinor lembrou sua atuação dentro do Congresso contra a homofobia no Brasil e disse ter um "sentimento claro de dever cumprido".

Marinor chegou a entrar com recurso para anular a posse de Jader Barbalho, que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar posse depois de ter sido pego pela Lei da Ficha Limpa. Marinor recorreu ao STF, mas não ganhou e teve que dar o cargo ao conterrâneo. A senadora disse que continuará sendo a voz de todo que acreditam que um mandato de senador não deveria ser um "instrumento para negociatas e enriquecimento ilícito".

"Talvez por isso alguns tenham pressa em relação à minha saída daqui. Talvez por isso, alguns queiram calar rapidamente a minha voz. Talvez por isso, alguns estejam dando celeridade a esse processo de ingresso, de retorno de um corrupto", disparou a senadora, lembrando ainda sua atuação na Comissão de Direitos Humanos pela aprovação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia no Brasil.

Chico friendly
Deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Chico Alencar acredita que somente a pressão das ruas vai ser capaz de reverter o que ele classificou como “crescente conservadorismo no Parlamento e no Executivo”. Alencar se referia à cada vez mais presente influência da bancada religiosa nas decisões da Câmara e do Senado.

“É a pressão das ruas que pode reverter o crescente conservadorismo no Parlamento e no Executivo”, opinou na última semana o deputado em discurso na tribuna. Ainda segundo Chico Alencar, “a força da unidade do movimento (LGBT) precisa ganhar as ruas do Brasil para dialogar com cada trabalhador, dona de casa, estudante, cristãos e outros religiosos, a fim de mostrar a importância da aprovação do PLC 122”.

O deputado alerta ainda para o discurso dos conservadores de que não há homofobia no Brasil, além de insinuarem que o ódio contra homossexuais seria legítimo, por se tratar, segundo eles, de uma opção pelo pecado. “Com argumentos de que a lei de Deus não se muda, um setor fundamentalista das igrejas evangélicas se esquece que o Estado Laico é a única garantia, não só de liberdade aos LGBTs, mas às próprias religiões minoritárias, como as confissões evangélicas.”

Fonte: DzNove

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