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domingo, 5 de fevereiro de 2012

[ARTIGO] Visibilidade Trans - Vânia Galvão

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Tornar visível o direito dos travestis, transexuais e transgêneros expressarem livremente sua orientação sexual faz parte da luta pela democracia em nosso país. Hoje, são muitas as dificuldades encontradas por este segmento no Brasil e, o silêncio tem sido uma arma para essas pessoas, como forma de se proteger diante da violência constante expressa de diferentes maneiras, que vão além daquelas sofridas no físico, até a violência psicológica e, especialmente, à violência simbólica.

Nas estatísticas sobre crimes de homofobia, as maiores vítimas são mulheres travestis e transexuais. Isso denota que elas são mesmo o maior alvo do preconceito. De acordo com o Grupo Gay da Bahia, seis homossexuais já foram assassinados este ano no Estado (duas lésbicas, um travesti e um gay). A Bahia lidera, há seis anos consecutivos, os crimes homofóbicos no Brasil.

Essa violência cotidiana que fere o direito à cidadania de um conjunto de pessoas que só desejam ter uma vida digna com liberdade, precisa ter fim. É preciso dar um basta na categorização de cidadãs e cidadãos. É preciso reconhecer os direitos humanos como valores universais para todas as pessoas, independente das diferenças de religião, de geração, de raça, de etnia e de orientação sexual.

Por parte do governo federal, algumas conquistas começam a surgir como esperança de dias melhores para o Movimento Trans. Em 2004, uma campanha do Ministério da Saúde, em parceria com o movimento brasileiro de travestis, motivou o surgimento do Dia da Visibilidade Trans, 29 de janeiro, comemorado no último domingo. Mais recente, em dezembro de 2011, a portaria n° 2.836 do Ministério instituiu no âmbito do SUS, a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

É preciso reconhecer o direito ao amor, sinônimo de convívio, de afeição e de prazer como um direito de todos e todas. Que esse direito seja assegurado como um valor ímpar para toda a vida: tornar visível o amor, sem coerção, sem intimidação, sem discriminação e sem violência.  

Vânia Galvão é vereadora do PT em Salvador

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