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sexta-feira, 16 de março de 2012

LGBTs farão protesto contra crimes homofóbicos no próximo dia 21

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RELEASE DE DIVULGAÇÃO

Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ocuparão a Praça da Piedade no dia 21 de março, quarta-feira, a partir das 15h, em protesto aos crimes cometidos contra LGBTs, motivados por ódio a homossexuais. A iniciativa é das organizações filiadas ao Fórum Baiano LGBT e a data escolhida, definida pela ONU como Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, é emblemática.

Em 2011, foram 272 assassinatos de LGBT no Brasil, segundo dados coletados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Desses, 29 aconteceram na Bahia, que assim lidera pelo sexto ano consecutivo o triste ranking de estados mais homofóbicos, com o índice de 10,66% do total de casos no país. Os números verificados em 2012 indicam um agravamento desse quadro: apenas nos dois primeiros meses do anoforam 80 homicídios no Brasil e, desses, 11 na Bahia.

Segundo o membro do colegiado do Fórum Baiano LGBT, Wesley Francisco, “Na contramão da luta pelos direitos da população LGBT, o que se observa é o recrudescimento do preconceito e da violência alimentados pela ignorância, pela intolerância e pelo fundamentalismo religioso". "Vive-se um tempo em que ideologias e crenças se sobrepõem a prerrogativas constitucionais e incitam o ódio e a violência”, complementa Rosângela Castro.

Porém, o que se vê nas ações do poder público é grande retrocesso. No ano passado, o kit Escola sem Homofobia foi vetado pela presidenta Dilma após forte manobra da bancada evangélica no Congresso Nacional. Mais recentemente, outro retrocesso: a peça publicitária da campanha contra AIDS que retratava dois gays foi vetada pelo Ministério da Saúde. Enquanto isso, o  Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que propõe a criminalização da homofobia, continua parado.

Para Renildo Barbosa, “Na Bahia, a situação não é diferente. Não há políticas públicas aplicadas e as poucas iniciativas de relevo estão paralisadas. Diferente dos demais grandes estados do país, o Governo da Bahia não tomou qualquer iniciativa para diminuir os índices de mortalidade da população LGBT.”

Por tudo isso, o Fórum Baiano LGBT convocou a mobilização. A idéia não é apenas denunciar os assassinatos, mas responsabilizar o Estado com a superação da violência contra LGBT e com as políticas públicas que promovam os direitos humanos fundamentais que lhe são negados, algo inaceitável sobretudo num país que se diz regido por ideais democráticos.

Para maiores informações, entrar em contato com
Nilton Luz - (71) 9969-2424 / 9169-9159 / niltonluz@yahoo.com.br

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