A presença de homossexuais nas Forças Armadas tem a concordância de 63,7% da população brasileira, enquanto que 34,3% discordam e 2% não sabem ou não quiseram responder.
A sondagem é fruto de pesquisa de opinião divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mediu a relação da sociedade com os militares no contexto de uma democracia.
No Brasil, não há lei que impeça a presença de homossexuais nas Forças Armadas.
O levantamento mostrou ainda que o apoio à entrada de gays nas Forças Armadas acompanha o nível de educação: 73,6% dos que têm ensino superior concordam. Já entre os que possuem nível médio, o apoio cai para 64,5%; e entre os que têm somente ensino fundamental ou não são escolarizados, para 60,6%.
O levantamento mostrou ainda que o apoio à entrada de gays nas Forças Armadas acompanha o nível de educação: 73,6% dos que têm ensino superior concordam. Já entre os que possuem nível médio, o apoio cai para 64,5%; e entre os que têm somente ensino fundamental ou não são escolarizados, para 60,6%.
Os dados integram o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips). A pesquisa tem margem de erro de cinco pontos percentuais. Foram ouvidas 3.796 pessoas em 212 municípios de todos os estados e Distrito Federal.
Na estratificação por região, o Sul é a única em que a maioria da população (52%) discorda da presença de gays entre os militares.
Ao responder pergunta sobre a presença de mulheres nas Forças Armadas, a maioria dos entrevistados, 91,4%, também concorda que elas possam ser militares. Para 51%, as mulheres devem participar também de combates. Novamente, o Sul destoou do resto do país: na região, 33% apoiam a presença de mulheres no combate.
No país, a Marinha foi a primeira Força a admitir mulheres no serviço militar, em 1980. Elas, no entanto, não atuam em combate, mas em atividades auxiliares.
No país, a Marinha foi a primeira Força a admitir mulheres no serviço militar, em 1980. Elas, no entanto, não atuam em combate, mas em atividades auxiliares.
AnistiaA pesquisa do Ipea também questionou os entrevistados sobre os crimes cometidos durante a ditadura, assunto que voltou à tona no ano passado, quando foi discutida e aprovada a criação da Comissão da Verdade, grupo que irá apurar violações aos direitos humanos no período.
No universo pesquisado, 74,8% disseram desconhecer a Lei da Anistia, de 1979, que concedeu perdão a crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985). Em abril de 2010, o Supremo Tribunal Federal considerou a lei válida, afastando a hipótese de punição para agentes repressores.
A sondagem do Ipea mostrou ainda que, apenas entre a minoria que conhece a Lei da Anistia, 67% são favoráveis à punição pelos crimes, sendo 22,2% apenas para agentes da repressão, 11,4% só para integrantes de grupos armados de oposição e 33,4% para todos os envolvidos.
No universo pesquisado, 74,8% disseram desconhecer a Lei da Anistia, de 1979, que concedeu perdão a crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985). Em abril de 2010, o Supremo Tribunal Federal considerou a lei válida, afastando a hipótese de punição para agentes repressores.
A sondagem do Ipea mostrou ainda que, apenas entre a minoria que conhece a Lei da Anistia, 67% são favoráveis à punição pelos crimes, sendo 22,2% apenas para agentes da repressão, 11,4% só para integrantes de grupos armados de oposição e 33,4% para todos os envolvidos.
O levantamento mostrou ainda que 42,6% dos entrevistados consideram que os militares respeitam totalmente ou muito a democracia; para 35,3% eles respeitam razoavelmente e 20,8% acham que respeitam pouco ou nada.
Transparência e tratamento
Outra parte da pesquisa mediu a percepção dos brasileiros sobre a transparência das Forças Armadas, o recebimento de denúncias e o tratamento dado pelos militares aos cidadãos. No primeiro item, 48,2% viram como muito boa ou boa a quantidade de informações divulgadas sobre as Forças Armadas nos meios de comunicação. Outros 25,9% acharam regular e 24,5% ruim ou muito ruim.
Transparência e tratamento
Outra parte da pesquisa mediu a percepção dos brasileiros sobre a transparência das Forças Armadas, o recebimento de denúncias e o tratamento dado pelos militares aos cidadãos. No primeiro item, 48,2% viram como muito boa ou boa a quantidade de informações divulgadas sobre as Forças Armadas nos meios de comunicação. Outros 25,9% acharam regular e 24,5% ruim ou muito ruim.
Quanto às denúncias, 57,6% veem dificuldade em encaminhar reclamação contra as Forças ou seus integrantes. No tratamento, houve divisão: 41,2% concordam que o relacionamento dos militares com os cidadão é igual, independente de renda, cor da pele, idade, deficiência ou gênero; outros, 39,3%, porém, discordam dessa afirmação e 17,2% não concordam nem discordam.
Fonte: G1
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