O governo do estado da Paraíba vai inaugurar nesta sexta-feira, 06, às 15h, o novo prédio onde irá funcionar a Delegacia de Crimes Homofóbicos. A nova sede vai funcionar na Rua Francisca Moura, 36, no centro de João Pessoa.
De acordo com o delegado de Crimes Homofóbicos Marcelo Falcone (foto), as novas instalações vão oferecer mais privacidade e comodidade aos usuários, com nova mobília e computadores. “No entanto, o item mais importante é a privacidade. Com as novas instalações, as vítimas poderão ficar mais à vontade na hora de fazer as denúncias”, diz Falcone.
A inauguração vai contar com membros da Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social, Polícia Militar, além de representantes de ONGs LGBT. A Delegacia foi criada em julho do ano passado, bem como o cargo de delegado especializado no assunto, de acordo com a Medida Provisória 129/2009.
Quando foi criada, a delegacia funcionava no mesmo prédio da Delegacia da Mulher e da Delegacia de Crimes contra o Idoso. Agora, nas novas instalações, irá funcionar apenas a do Idoso e a de Crimes Homofóbicos. Segundo Fernanda Benvenutti, da Associação dos Travestis da Paraíba (Astrapa), muitos homossexuais ficavam constrangidos em prestar queixa de agressões homofóbicas por saber que iriam encontrar outro tipo de público lá.
Sem constrangimentos – “As novas instalações são importantes para evitar que os homossexuais sofram nova violência quando forem buscar ajuda na polícia. Assim como as mulheres, era comum o fato das vítimas de crimes homofóbicos serem consideradas culpadas das próprias agressões que sofreram. Na delegacia especializada, eles recebem o atendimento com o respeito que merecem”, diz Fernanda. Ela ressaltou que esta é uma conquista para os LGBT da Paraíba.
“Em outros Estados, os crimes homofóbicos são apurados por delegacias de crimes contra a pessoa ou de direitos humanos. A Paraíba foi a primeira, a não apenas criar uma delegacia, mas também a formar um delegado especializado para tratar dos delitos dessa natureza. Isso mostra que o governo do estado é sensível às nossas causas”, concluiu.
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