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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Senadores de oposição ao governo do presidente Piñera apresentam projeto de casamento entre iguais no Chile

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Protesto no Dia dos Namorados do Movimento Unificado de Minorias Sexuais do Chile, realizado em frente ao Congresso

Os senadores Fulvio Rossi, Guido Girardi e Alejandro Navarro, da base da oposição do presidente do Chile Sebastián Piñera, apresentaram ao Congresso, nesta terça-feira, 03, o projeto que altera o artigo 102 do Código Civil, que diz que o casamento só é possível entre um homem e uma mulher. Assim, permite-se o casamento homoafetivo.

"Estamos animados em começar um caminho, o mesmo caminho iniciado quando terminamos com a diferença entre filhos naturais e filhos legítimos, de modo que hoje o que estamos fazendo é aprofundar a democracia", disse o senador Fulvio Rossi.

A iniciativa dos três senadores gerou uma crise no legislativo chileno na base do bloco opositor de centro-esquerda Concertación. O governo de direita do presidente Piñera se comprometeu durante a campanha presidencial a apoiar a aprovação da lei que tipifica a homofobia como crime no país, assim como o PLC-122/06 aqui no Brasil.

Demorou – Além disso, Piñera declarou apoiar a união de pessoas do mesmo sexo no que diz respeito à herança e aos benefícios de saúde, mas não o casamento. Ficou apenas no discurso. Isso porque a maioria do partido de direita do presidente é contrária à lei da união civil homoafetiva. A direita é maioria no Congresso e a esquerda é controlada pela oposição de centro-esquerda. Por conta disso, o impasse no legislativo chileno. O grupo militante Movimento de Integração e Libertação Homossexual comemorou a iniciativa dos senadores.

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