Pesquisas apontam Nichi Vendola (foto), 52, governador da região da Apúlia e membro do Partido Democrático (PD), como o possível sucessor do primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi. Homossexual assumido, Vendola aparece com 51% das intenções de voto, conforme pesquisa de opinião dos eleitores feita pelo jornal La Repubblica.
Com os escândalos de corrupção e escândalos sexuais, a permanência de Berlusconi no posto é cada vez menor. Até porque ele perdeu o apoio de coalizão com os congressistas e pode ser derrubado pela oposição de centro-esquerda.
Com a queda dos ministros da base do atual primeiro-ministro da Itália, caem também os senadores e os deputados e novas eleições seriam convocadas. Homossexual assumido desde os 20 anos, Vendola é co-fundador da Associação de Lésbicas e Gays da Itália (Arcigay) e da Liga Italiana pela Luta Contra a Aids (Lila). Após cinco anos no governo da Apúlia, foi reeleito em março com 73% dos votos, derrotando o candidato apoiado por Berlusconi.
Bíblico – Comunista, mas católico, Vendola costuma citar passagens bíblicas nos seus discursos. O governador da Apúlia não se diz gay. Prefere ser chamado de homossexual. Segundo ele, a palavra gay é hipócrita, pois tenta esconder a aspereza de ser homossexual. "Foi importante em uma época em que 'sair do armário' era um fio desencapado, hoje devemos nos livrar disso", diz. Convicto nas suas posturas, Vendola foi a público defender La Mussolini, neta do ditador Benito Mussolini (1883-1945) e ex-deputada da direita radical italiana, de fazer um vídeo pornográfico. O vídeo nunca apareceu. Por sua vez, faz duras críticas aos escândalos de orgias bancadas pelo poder público de Berlusconi com outros chefes de Estado.
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