Conselho Estadual de Juventude
O combate ao preconceito contra os homossexuais e prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) são os principais temas do seminário “AIDS e Protagonismo Juvenil”, que acontece nesta sexta (03/09), na Associação LGBT de Mata de São João – GRITTE. O encontro antecede a 5ª Parada LGBT do município – que ocorrerá no dia 05 de setembro – e tem como objetivo ampliar a discussão sobre a importância da prevenção das DST’s e luta contra a homofobia.
Os debates se dividem em três mesas temáticas: Epidemia da AIDS, Jovens e Adolescentes Estatísticas e Ações de Enfrentamento; Juventude LGBT e Participação Popular; Saúde e Prevenção nas Escolas provocando o Protagonismo Juvenil.
De acordo com Nilton Luz (foto), representante do Fórum Baiano LGBT, esse tipo de ação é fundamental para informar e conscientizar os jovens gays e HSH (homem que se relaciona com homem) sobre sexualidade e prevenção. “Os grupos sociais mais prejudicados com a falta de informação são os gays. Nós não podemos falar abertamente sobre sexo em casa nem na escola, somos descriminados”. Luz ressalta ainda que “a liberdade de expressão sexual deve ser seguida de informação”.
Já o representante do Grupo gay da Bahia (GGB) no Conselho de Juventude do Estado da Bahia (Cejuve), Franklin Silva, que esteve presente no seminário, afirmou que o principal fator que leva um jovem a se relacionar sem preservativo não está associado à falta de informação. “Jovens gays, que têm relação sexual sem camisinha, sabem que pode contrair algum tipo de DST, no entanto, acabam se deixando levar pelo impulso e isso pode ter sérias conseqüências”, advertiu.
Recentemente, estudos coordenados por pesquisadora da Universidade Federal do Ceará, realizados com o público gay e HSH em 10 capitais brasileiras, apontaram que gays e outros HSH utilizam o preservativo em menor proporção que os jovens heterossexuais.
Parada Gay
Segundo informações do portal do Grupo Gay da Bahia, 13 Paradas já aconteceram na Bahia esse ano e outras 10 estão sendo preparadas pelos respectivos grupos locais. Isso torna a Bahia o primeiro Estado do Brasil com o maior número de eventos desse gênero neste ano. De acordo com Nilton Luz, esses acontecimentos têm papel imprescindível na luta contra a homofobia e o preconceito. “As paradas são exemplos de grande visibilidade. Elas chegam onde outras movimentações LGBT’s não alcançam e atraem não só o público LGBT, como também a sociedade em geral, o que torna muito mais fácil o rompimento de paradigmas”.
O representante do Fórum Baiano LGBT diz ainda que “as paradas são uma forma de levantarmos nossas bandeiras e mostrarmos que nós existimos, que nós queremos nos casar, viver e exercer nossa cidadania. É também uma maneira de dizer que queremos que o nosso nome social seja reconhecido na nossa identidade e que queremos ter o direito de adotar filhos”, desabafa Luz.
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