Vereador Heber Santana: "O tal projeto de lei fere a liberdade religiosa e de expressão"

“Não podemos continuar usando o nome de Deus dessa forma. A escola, por ser uma instituição de Estado, tem que ser laica, ensinando os alunos a respeitarem os direitos humanos de todas as pessoas"

Vereadora Olívia Santana

Os vereadores Olívia Santana (PCdoB) e Heber Santana (PSC, na foto) protagonizaram, nesta terça-feira (7), em sessão na Câmara Municipal de Salvador, uma discussão sobre relação homoafetiva (leia mais aqui). A vereadora se disse preocupada com a pressão que o MEC vem sofrendo e com movimentos como a marcha que houve em Brasília em maio.

O vereador Heber, que faz parte da bancada evangélica, teria defendido o movimento dos religiosos pelo direito à liberdade de expressão e a possibilidade de pregações que condenem a homossexualidade. Olívia, rebateu os argumentos: “Não podemos continuar usando o nome de Deus dessa forma. A escola, por ser uma instituição de Estado, tem que ser laica, ensinando os alunos a respeitarem os direitos humanos de todas as pessoas", disse Olívia.

Procurado pelo Teia de Notícias, o vereador Heber disse que o respeito e a dignidade devem estar presentes na vida de todas as pessoas e que por isso participou da marcha na capital federal, contra o conteúdo do Projeto de Lei nº 122/2006 - que criminaliza a homofobia e prevê punições para uma série de preconceitos e discriminações, entre eles os que envolvem a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

Segundo o vereador, "homofobia já é crime e o tal projeto de lei fere a liberdade religiosa e de expressão". Heber destaca ainda ser contrário ao denominado “kit gay” por entender que é uma invasão à vida privada das famílias. “O Estado não pode interferir na forma como as famílias orientam seus filhos acerca de questões relacionadas com a opção sexual”, conclui.

Fonte: Portal Teia de Notícias