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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Movimento LGBT sai fortalecido das conferências na Bahia

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Enquanto o governo demonstrou fraqueza, a conferência referendou quadros como Ricardo Santana, da Associação Beco das Cores, e Millena Passos, da Associação de Travestis de Salvador. Até membros do governo reconheceram que figuras do movimento social foram imprescindíveis para a realização da conferência, que é competência do Estado. Por fim, sofrendo com a falta de técnicos, a SJCDH teve que solicitar à Prefeitura de Vitória da Conquista que cedesse Danillo Bitencourt temporariamente, para organizar o evento.

O processo de construção da conferência reconfigurou as conjunturais regionais em alguns territórios. O Sisal vai organizar uma entidade territorial, nasceram novas organizações como LGBTSol em Jequié, e cada vez mais municípios são integrados em regiões fortes como o Recôncavo.

Após reunião do Colegiado e do Conselho de Ética do Fórum Baiano LGBT, militantes posam para foto
A exigência de 60% de presença feminina nas delegações dificultou a disputa de figuras personalistas. Sem muito espaço a ser disputado, e com as mulheres exercendo influência predominante nas votações, foram reconhecidos os homens que contribuíram com a construção das conferências. E não houve espaço para auto-iluminados e carreiristas.

Por sua vez, as disputas internas diminuíram. Não que o movimento não tenha divergências, mas elas agora apontam a pluralidade de idéias políticas e não interesses individuais. Não se deve ainda comemorar excessivamente, mas já se pode afirmar que o movimento LGBT da Bahia amadureceu.

O interior do Estado saiu mais forte. As listas de internet demonstraram ser um péssimo indicador da presença real no movimento LGBT do interior. Entidades que arrogavam hegemônicas desapareceram, enquanto novas (e jovens) lideranças despontaram em territórios como Piemonte do Paraguaçu, Vale do Jiquiriçá e Baixo Sul.

Blog do Fórum Baiano LGBT

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