A Associação de Defesa e Proteção dos Direitos de Homossexuais da Bahia (Pro Homo) solicitou à deputada Luiza Maia (PT), através de carta, a inclusão de um dispositivo no Projeto de Lei (PL) Antibaixaria.
A ideia é também fazer com que não seja gasto dinheiro público na contratação de artistas que, em suas músicas, incentivam a homofobia. O PL já tem como objetivo impedir que grupos cujas letras desrespeitam a mulher não sejam contratados pelo poder público.
No texto encaminhado à petista, o presidente da associação, Renildo Barbosa, ressalta que o machismo não é somente inimigo das mulheres, mas também da comunidade LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). “Com essa falsa cordialidade, acabamos por ser vítimas de ‘bulling’, preconceito e discriminação. Somos ‘constrangidos (as)’ publicamente, tendo canais públicos, que são rádios, web e eventos, como palco para toda a sorte de crimes de ódio”, diz Barbosa.
Ele critica ainda as canções em que homossexuais são animalizados e comparados a “anacondas”, o que incitaria o riso falso e provocaria na sociedade “a legitimação da homofobia, do racismo e principalmente do sexo banal”. A Pro Homo, que existe desde 2004 e faz parte do grupo de entidades que compõem o Conselho Estadual de Proteção aos Direitos Humanos, afirma ser a favor da livre expressão, porém é contrária ao uso da arte para legitimar práticas criminosas e de incentivo à violência.
A deputada Luiza Maia acredita que a luta da associação seja legítima, já que a comunidade LGBTT é vítima de inúmeros preconceitos. O Projeto de Lei Antibaixaria será votado dia 20 de março.
Fonte: Bahia Notícias
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