por João Silva Junior, especial para o MundoMais

Financiado com recursos públicos, este centro pertence aos aproximadamente 1,5 milhão de LGBT que vivem no estado do Rio. Entre os serviços oferecidos, a população agora conta com o Disque Estadual de Cidadania LGBT (0800 02 345 67). Esse serviço funcionará 24 horas e contará com pessoas treinadas para receber denúncias de discriminação e violência contra homossexuais.
Com uma verba de R$ 8 milhões, entre recursos federais e estaduais, e uma equipe de 125 pessoas, composta em grande parte por militantes de diversas ONGs, o centro também será, entre outras coisas, a sede do Conselho Estadual LGBT, criado desde abril de 2009.
Além disso, será um centro de pesquisas e documentação. O Conselho tem como objetivo deliberar sobre políticas públicas para a promoção da cidadania de homens e mulheres LGBT. Além disso, o centro tem ainda três centros de referência que darão apoio psicológico e jurídico à população LGBT.
Ecumênico – Dezenas de jovens, adultos e militantes dos direitos humanos estavam presentes na inauguração, assim como muitos representantes de religiões de matrizes africanas. Até um shake árabe estava com sua esposa prestigiando a inauguração do centro. Os serviços serão coordenados pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos – dirigida pelo atual superintendente Cláudio Nascimento – vinculada à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.
Diversas lideranças políticas, com histórico de apoio à comunidade LGBT, estiveram na inauguração, como a deputada federal Cida Diogo (PT-RJ) representando a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, o deputado estadual Carlos Minc (PT-RJ), o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), o atual secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos Ricardo Henriques, bem como o secretário estadual de Segurança Pública José Mariano Beltrame. Também compareceram o estilista Carlos Tufvesson, o carnavalesco Milton Cunha e a presidente da Associação de Travestis e Transexuais do Estado do Rio de Janeiro (Astra-Rio) Marjorie Marchi. Todos fazem parte do Conselho LGBT do estado.
Luto presente – Entre os presentes estava Angélica Vidal (foto), mãe do jovem Alexandre Thomé Ivo Rojão, assassinado por três homofóbicos no dia 21 de junho. Segundo ela, compareceu à inauguração daquele espaço por se tratar de uma organização que luta pelo direito à defesa.
"É como eu venho sempre dizendo, independente da opção sexual (sic), foram essas pessoas que me ampararam no momento da minha dor e que estão me ajudando a ter acesso às informações do processo para acompanhar o caso do meu filho de perto”, comentou Angélica. O caso de Alexandre está sendo acompanhado de perto pelo chefe-geral da Policia Civil do estado e pelo secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame.
1 comentários:
05/07/10.
Obrigado por você (s) ajudar (em) a divulgar esta informação. E, dando minha contribuição singela, o 0800 não está funcionando 24 horas, no momento. Portanto, informe-se sobre seu horário ou há, também, a opção de deixar um recado.
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